sexta-feira, 28 de maio de 2010

Paletras em Campina Grande-PB


Exposições abordarão o conteúdo das cartas de Apocalipse na igreja Presbiteriana de Campina Grande, estado da Paraíba, e será aberto a todas as pessoas interessadas em participar.

O Rev. Augustus Nicodemus, pastor da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, em São Paulo e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, é o convidado para uma série de exposições sobre o conteúdo das cartas endereçadas às sete Igrejas do livro de Apocalipse, com o Tema “As igrejas de Apocalipse”. As palestras ocorrerão na igreja Presbiteriana de Campina Grande, estado da Paraíba, nos dias 28 e 29 de Maio (sexta-feira e sábado), às 19h, e se encerrará com duas últimas exposições no dia 30 de Maio (domingo), às 9h e às 18h.

Para o Rev. Renan de Oliveira, pastor efetivo da igreja, o evento é organizado com o objetivo de refletir biblicamente sobre as questões que mais atacam a fé cristã e principalmente aprender mais sobre a Palavra de Deus. “Será um prazer receber os irmãos e amigos” disse o Rev. Renan

O convite é feito à todas as pessoas interessadas em participar das exposições. O endereço da Igreja Presbiteriana de Campina Grande é Avenida Floriano Peixoto, 359, Bairro São José, Paraíba/PB.

Fonte Site IPB

terça-feira, 18 de maio de 2010

Eu estava lá!

Pilatos, Caifás e Judas — a quem os evangelistas apõem culpa maior pela crucificação de Jesus, e seus associados: os sacerdotes, o povo e os soldados. Acerca de cada pessoa ou grupo usa-se o mesmo verbo: paradidomi, traduzido por "entregar" ou "trair". Jesus havia predito que seria entregue nas mãos dos homens, ou "entregue para ser crucificado". E os evangelistas, ao contarem sua história, demonstram que a predição de Jesus foi verdadeira. Primeiro, Judas o entregou aos sacerdotes (por causa da ganância). A seguir, os sacerdotes o entregaram a Pilatos (por causa da inveja). Então Pilatos o entregou aos soldados (por causa da covardia), e eles o crucificaram.

Nossa reação instintiva a esse mal acumulado é dar eco à pergunta espantada de Pilatos, quando a multidão gritou pedindo o sangue de Jesus: "Que mal fez ele?" (Mateus 27:23). Pilatos, porém, não recebeu uma resposta lógica. A multidão histérica clamava cada vez mais alto: "Crucifica-o! Crucifica-o!" Mas por quê?


É natural encontrarmos desculpas para eles, pois vemos a nós mes¬mos neles e gostaríamos de ser capazes de nos desculparmos. Deveras, havia algumas circunstâncias mitigantes. Como o próprio Jesus disse ao orar pelo perdão dos soldados que o estavam crucificando: "pois não sabem o que fazem". Da mesma forma, Pedro disse a uma multidão de judeus em Jerusalém: "Eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades." Paulo acrescentou que, se "os poderosos deste século" tivessem compreendido, "jamais te¬riam crucificado o Senhor da glória."

Contudo, sabiam o suficiente para ser culpados, aceitar o fato de sua culpa e ser condenados por suas ações. Não estavam eles reivindicando responsabilidade total quando clamaram: "Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos"? Pedro falou com toda a franqueza no dia de Pentecoste: "Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo." Além do mais, longe de discordar do seu veredicto, o coração dos ouvintes de Pedro se compungiu e perguntaram o que deviam fazer (Atos 2:36,37). Estêvão foi ainda mais direto em seu discurso ao Sinédrio, o qual o levou ao martírio. Chamou o Concilio de "homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo, assim como o fizeram vossos pais também vós o fazeis." Pois seus pais haviam perseguido os profetas e matado aqueles que predisseram a vinda do Messias, e agora tinham traído e assassinado o próprio Messias (Atos 7:51-52). Paulo, mais tarde, usou linguagem parecida ao escrever aos tessalonicenses acerca da oposição judaica do seu tempo ao evangelho: eles "mataram o Senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram". Por estarem tentando conservar os gentios afastados da salvação, o juízo viria sobre eles (1 Tessalonicenses 2:14-16).

Culpar o povo judeu pela crucificação de Jesus hoje é extremamente fora de moda. Deveras, se a crucificação for usada como uma desculpa para matá-los e persegui-los (como aconteceu no passado), ou para propagar o anti-semitismo, é absolutamente indefensável. O modo de evitar o preconceito anti-semítico, contudo, não é fingir que os judeus são inocentes, mas, tendo admitido a sua culpa, acrescentar que outros partilharam dela. É assim que os apóstolos viram a situação. Herodes e Pilatos, gentios e judeus, disseram eles, tinham juntos "conspirado" contra Jesus (Atos 4:27). Mais importante ainda, nós mesmos também somos culpados. Se estivéssemos no lugar deles, teríamos feito exatamente o que fizeram. Deveras, nós o fizemos. Pois sempre que nos desviamos de Cristo, estamos "crucificando" para nós mesmos o Filho de Deus, e o "expondo à ignomínia" (Hebreus 6:6). Nós também sacrificamos Jesus à nossa ganância como Judas, à nossa inveja como os sacerdotes, à nossa ambição como Pilatos. "Estavas lá quando crucificaram o meu Senhor?" pergunta o cântico espiritual. E devemos responder: "Sim, eu estava lá." Não apenas como espectadores, mas também como participantes, participantes culpa¬dos, tramando, traindo, pechinchando e entregando-o para ser crucificado. Como Pilatos, podemos tentar tirar de nossas mãos a responsabilidade por meio da água. Mas nossa tentativa será tão fútil quanto foi a dele. Pois há sangue em nossas mãos. Antes que possamos começar a ver a cruz como algo feito para nós (que nos leva à fé e à adoração), temos de vê-la como algo feito por nós (que nos leva ao arrependimento). Deveras, "somente o homem que está preparado para aceitar sua parcela de culpa da cruz", escreve Canon Peter Green, "pode reivindicar parte na sua graça".23

A resposta que até agora demos à pergunta: "Por que Cristo morreu"? procurou refletir o modo pelo qual os escritores do evangelho contam a sua história. Eles indicam a corrente de responsabilidade (de Judas aos sacerdotes, dos sacerdotes a Pilatos, de Pilatos aos soldados), e, pelo menos, sugerem que a ganância, a inveja e o temor, os quais instigaram o comportamento dos envolvidos, também instigam o nosso. Contudo, esse não é o relato final dos evangelistas. Omiti uma evidência vital que eles apresentam. É esta: embora Jesus tivesse sido levado à morte pelos pecados humanos, ele não morreu como mártir. Pelo contrário, ele foi à cruz espontaneamente, até mesmo deliberadamente. Desde o começo do seu ministério público, ele se consagrou a esse destino.

No seu batismo, ele se identificou com os pecadores (como mais tarde o faria por completo sobre a cruz), e em sua tentação ele se recusou a desviar-se do caminho da cruz. Ele predisse muitas vezes os seus sofrimentos e morte, como vimos no capítulo anterior, e, decididamente, partiu para Jerusalém a fim de morrer aí. O uso cons¬tante que ele faz da palavra "deve" em relação à sua morte expressa não uma compulsão exterior, mas sua resolução interior de cumprir o que a seu respeito havia sido escrito. "O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas", disse ele. Então, deixando de lado a metáfora, "eu dou a minha vida. . . Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou" (João 10:11, 17,18).

Além disso, quando os apóstolos resolveram escrever acerca da natureza voluntária da morte de Jesus, usaram várias vezes o mesmo verbo (paradidomi) o qual os evangelistas empregaram com relação ao ser ele entregue à morte por outros. Assim, Paulo pôde escrever que o "Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou (paradontos) por mim".24 A afirmação do apóstolo talvez tenha sido um eco de Isaías 53:12, que diz que ele "derramou (pareáothe) a sua alma na morte". Paulo também usou o mesmo verbo ao olhar para a auto-entrega voluntária do Filho à entrega do Pai. Por exemplo, "aquele que não poupou ao seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou (paredoken), porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" Octavius Winslow resumiu o assunto com uma bela afirmativa: "Quem entregou Jesus para morrer? Não foi Judas, por dinheiro; não foi Pilatos, por temor; não foram os judeus, por inveja — mas o Pai, por amor!"

É essencial que conservemos juntos estes dois modos complementares de olhar para a cruz. No nível humano, Judas o entregou aos sacerdotes, os quais o entregaram a Pilatos, que o entregou aos soldados, os quais o crucificaram. Mas, no nível divino, o Pai o entregou, e ele se entregou a si mesmo para morrer por nós. A medida que encaramos a cruz, pois, podemos dizer a nós mesmos: "Eu o matei, meus pecados o enviaram à cruz"; e: "ele se matou, seu amor o levou à cruz". O apóstolo Pedro uniu as duas verdades em sua admirável afirmativa do dia de Pentecoste: "Sendo este entregue pelo deter¬minado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mão de iníquos." Assim, Pedro atribuiu a morte de Jesus simultaneamente ao plano de Deus e à maldade dos homens. Pois a cruz, que é uma exposição da maldade humana, como temos considerado em particular neste capítulo, é ao mesmo tempo a revelação do propósito divino de vencer a maldade humana assim exposta.

Voltoà pergunta com a qual o comecei: por que Jesus Cristo morreu? Minha primeira resposta foi que ele não morreu; ele foi morto. Agora, porém, devo equilibrar essa resposta com o seu oposto. Ele não foi morto, ele morreu, entregando-se voluntariamente para fazer a vontade do Pai.

A fim de discernir o que era a vontade do Pai, temos de examinar novamente os mesmos eventos, desta vez olhando abaixo da superfície.
Jonh Stot

domingo, 16 de maio de 2010

Pescadores de homens

"Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mateus 4.19)

Existem pescadores de todos os tipos. Existem aqueles que pescam peixes. Outros preferem ir atrás de siris. Outros, ainda, atrás de lulas. Mas diferentemente de qualquer um desses pescadores, existem ainda outros, que não pescam animais marinhos, mas seres humanos!

Jesus, quando foi chamar Seus apóstolos para o trabalho, disse uma coisa que parece estranha a muita gente: "vos farei pescadores de homens". Como alguém pode pescar homens? Jesus disse isso simbolicamente. Só os cristãos podem pescar homens e isso não com varas de pescar, mas com o evangelho de Jesus Cristo. Não com o objetivo de levá-los para casa, para servirem de alimento como os peixes, mas com o objetivo de levá-los para a eternidade com Cristo.

Isso não é um pedido, mas uma ordem! Jesus não disse isso dando aos cristãos a livre escolha para dizerem "não", mas esperando obrigatoriamente um "sim"! Esse chamado não se limita apenas a um grupo de indivíduos em particular, mas se estende a todos os filhos de Deus que "nasceram de novo", sendo agora servos fiéis ao Altíssimo.

Por isso, não fique esperando que alguém pesque almas em seu lugar, mas vá você mesmo e seja um pescador de homens! Pegue sua vara de pescar (a Bíblia) e vá para esse grande mar (o mundo) em busca de pesca (os seres humanos), a fim de levá-la junto com você para sua casa (a Jerusalém Celestial.
André Aloisio

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Somos uma igreja discipuladora

O que é discipulado? Para responder esta questão precisamos partir do modelo apresentado por Jesus, que é o mestre dos mestres. O nosso redentor teve um ministério onde ensinou multidões, mas concentrou a sua mensagem no treinamento de seus discípulos, formando a base do seu ministério. John Sittema descreve o que O Senhor Jesus fez, ou seja, discipular é “reproduzir a si mesmo e sua fé na vida de outros.” Por isso, devemos perguntar quem precisa ser discipulado? É o apóstolo Paulo que nos responde:“e o que da minha parte ouviste através de muitas testemunhas isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Tm 2:2). Em nossa igreja decidimos que aqueles que assumiram um compromisso com Cristo, os novos na fé, os filhos de membros que desejam ser membros, pessoas que vieram de outras igrejas, ou irmãos que precisam de treinamento para acelerar o seu crescimento doutrinário são candidatos ao discipulado. O discipulado é uma segura porta de entrada!

Qual a importância do discipulado? O Senhor Jesus disse: “indo, portanto, fazei discípulos... ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho ordenado.” (Mt 28:19-20). Com o discipulado temos um rico recurso de conhecer a Deus por meio de Jesus, e glorifica-lo num relacionamento construtivo como Igreja. Nesse relacionamento construtivo o alvo é preparar discípulos para um envolvimento nos ministérios e departamentos da igreja, proporcionando um fortalecimento qualitativo, que resultará naturalmente na multiplicação de outros discípulos sadios na fé. Novamente podemos citar Sittema observando que “esse processo requer o desenvolvimento de um relacionamento de confiança, de exemplo, de revelação do nosso coração e da nossa fé ao discípulo que, por sua vez deve imitar o padrão de fé do seu mestre.” Evidentemente não podemos confundir, porque o Senhor Jesus exige que façamos discípulos dele e não nossos.

O propósito do discipulado é um só, todavia, ele é como uma corda trançada de vários fios. Podemos mencionar os elementos que somam ao principal motivo. Primeiro, ao aplicar o discipulado apresentamos o evangelho da salvação aos eleitos de Deus proporcionando a oportunidade para que o Espírito Santo aplique a graça irresistível. Evangelizar é compartilhar Jesus, no poder do Espírito, deixando os resultados para Deus, visando a reeducação para uma vida transformada. Segundo, através do discipulado preciosas vidas são libertas das trevas e do poder de Satanás para luz do reino do Filho de Deus. Terceiro, com o discipulado a igreja cresce espiritual e numericamente, por isso, Paulo disse que o discipulado deve ser feito “... com vistas ao aperfeiçoamento dos santos” (Ef 4:12). E, por último, pelo discipulado ensinamos as pessoas a reconhecer a soberania de Cristo sobre todas as esferas da vida humana, inclusive na ciência, na arte, na educação, na economia, na política e na recreação. Lembrando que o propósito essencial que envolve todos os demais é a glória de Deus. O profeta Oséias disse “conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva serôdia que rega a terra” (Os 6:3, ARA)
Rev. Ewerton Barcelos Tokashiki

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